segunda-feira, 7 de novembro de 2016

LA LLORONA



La Llorona talvez seja a mais famosa lenda mexicana. É tão marcante para os naturais deste país que, mesmo descendentes de imigrantes vivendo nos Estados Unidos da América e no Canadá, afirmam ter visto La Llorona nas margens dos rios.

Existem várias versões da mesma lenda, porém a mais difundida é a que remonta ao século XVI, quando os moradores da Cidade do México se refugiavam em suas moradias durante a noite. Isto se dava, especialmente, com os moradores da antiga Tenochtitlan, que trancavam suas portas e janelas, e todas as noites eram acordados pelos prantos de uma mulher que andava sob o luar, chorando (daí o nome, que significa "A Chorona"). Este fato teria se repetido durante muito tempo.

Aqueles que procuraram averiguar a causa do pranto, durante as noites de lua cheia, disseram que a claridade lhes permitia ver apenas uma espessa neblina rente ao solo e aquilo que parecia-se com uma mulher, vestida de branco com um véu a cobrir o rosto, percorrendo a cidade em todas as direções - sempre se detendo na Plaza Mayor, onde ajoelhava-se voltada para o oriente e, em seguida, levantava-se para continuar sua ronda. Ao chegar às margens do lago Texcoco, desaparecia. Poucos homens se arriscaram a aproximar-se do espectro fantasmagórico - aqueles que o fizeram sofreram com espantosas revelações, ou morreram.

Em 1933 este mito, na versão que narra a história de la Malinche (indígena que serviu de intérprete e foi amante de Fernando Cortez), foi levado às telas, num filme mexicano intitulado La Llorona, estrelado por Virginia Zurí.

YEHREN



O Homem Selvagem ou Yehren é uma antiquíssima criatura lendária da China central e do sul. Em torno do século III a.C. o poeta Qu Yuan teria escrito um poema sobre o "monstro das montanhas". Gigante e peluda, sua pelagem seria marrom ou vermelha. Ao contrário do Yeti, não há nenhuma suposta fotografia do Yehren, embora muitas de suas pegadas tenham sido registradas.

Além dos muitos relatos, alguns dos quais incríveis, incluindo o do biólogo Wang Tseling, que em 1940 conta ter examinado um Yehren fêmea morto a tiros pelos locais; ou o de que soldados chineses no Himalaia teriam comido a carne de um Yeti em 1962, a primeira evidência física relevante do Yehren chinês foi analisada em 1980. Em 1957 aldeões da montanha Jiolong teriam matado um “homem-urso” e um professor de biologia local conservou suas extremidades. O exame por Zhou Guoxing das mãos e pés preservados apontou que pertenceriam a um macaco, embora enorme e possivelmente de um “primata desconhecido”, apesar de não ser compatível com uma criatura de dois metros de altura.

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

BRUXA DOS BELL



A Bruxa dos Bell ou a Assombração da Bruxa dos Bell é uma lenda do folclore do sul dos Estados Unidos sobre um poltergeist que envolve a família Bell em Adams no Tennessee.

Segundo a lenda, a primeira manifestação da assombração aconteceu em 1817, quando John William Bell Sr. encontrou um animal estranho num campo de milho na sua quinta em Robertson County, em Red River, perto de Adams, Tennessee. O animal, que John descreveu como tendo o corpo de um cão e a cabeça de coelho foi morto por ele a tiro. Mais tarde a família Bell afirmou ouvir o som de alguém a bater à porta e ruídos nas paredes exteriores da casa. Os ruídos acabariam por passar para dentro de casa. Algum tempo depois de os barulhos começarem, Betsy Bell, o membro mais novo da família, disse ter sido atacada por uma força invisível. Com o tempo o poltergeist ter-se-à fortalecido, movendo vários objetos pela casa, falando e tendo conversas com a família e convidados. Identificou-se como "Kate Batts", uma vizinha dos Bell que John terá incomodado de alguma forma.

Quando era mais velho, John sofria frequentemente de espasmos faciais que o deixavam sem fala. Morreu no dia 20 de Dezembro de 1820. Perto do seu corpo foi encontrado um pequeno frasco com veneno muito forte que terá ingerido. Quando deram a provar um pouco do liquido que estava no frasco ao gato da família, o animal morreu. A família queimou depois o frasco na lareira.

A versão da lenda contada por Pat Fitzhugh afirma que algumas pessoas acreditavam que o fantasma tinha regressado à casa em 1935, o ano em que tinha dito que o faria ("cem anos e mais sete" depois de 1828) e passou a residir na antiga casa dos Bell. Outros dizem que nesse ano não aconteceu nada fora do normal aos descendentes de Bell nem à comunidade que os rodeava.

VERME DA MONGÓLIA



O verme-da-mongólia, allghoi, orghoi ou khorkhoi (хорхой) é uma criatura venenosa de existência não provada que habitaria o deserto de Gobi, na Mongólia. Há vários relatos de nômades do deserto durante muitos anos sobre este verme gigante.

Supostamente, o verme-da-mongólia teria entre 0,60 e 1,50 metro de comprimento, com o corpo inteiramente vermelho, seria altamente agressivo e liberaria um veneno amarelo muito forte. O verme supostamente teria um corpo com muitos espinhos e teria a capacidade de emitir descargas elétricas .

Ivan Mackerle, um explorador da República Checa tentou fazer com que o verme viesse à superfície usando explosivos, mas não teve sucesso. Tentou novamente em 2004, fotografar o verme de um avião, mas não achou nada.

FUTA-KUCHI-ONNA



Futa-kuchi-onna  é um youkai (classe de criaturas sobrenaturais do folclore japonês que inclui demônios, monstros e espíritos) . Caracterizam-se por terem duas bocas, a normal e uma outra na nuca, por debaixo do cabelo, onde o crânio da mulher se divide, formando lábios, dentes e língua, criando uma segunda boca.

Na mitologia japonesa e no folclore, a futa-kuchi-onna pertence à mesma classe de histórias que a rokurokubi, kuchisake-onna e a yama-uba, mulheres amaldiçoadas ou com doenças sobrenaturais que as transforma em youkai. A natureza sobrenatural das mulheres nestas histórias é geralmente mantida em segredo até o último minuto, quando o sua forma verdadeira é revelada.

A boca extra exige comida e se não for alimentada, grita e causa grande dor à mulher. Finalmente o cabelo da mulher começa a mover-se à semelhança de serpente, permitindo que a boca se alimente.

Uma futa-kuchi-onna é uma mulher que deixa o filho de um casamento anterior de seu marido morrer de fome enquanto alimenta sua própria prole; presume-se que o espírito da criança negligenciada aloje-se no corpo da sua madrasta para vingar-se. Em outra versão da história a boca extra é formada quando uma mulher é ferida acidentalmente na cabeça pelo machado de seu marido enquanto ele corta madeira e a ferida não se cura.

Outra versão ainda diz que a futa-kuchi-onna é uma mulher que nunca come, procurada como esposa por um homem avarento. Enquanto nenhum alimento passa através de seus lábios normais, a boca na sua nuca consome duas vezes o que outra consumiria.

A versão mais comum da história de uma futa-kuchi-onna diz que em uma pequena vila vivia um homem avaro que mantinha-se solteiro por não poder pagar pelo alimento de uma esposa. Um dia ele encontrou uma mulher que não comia a qual tomou por esposa imediatamente. Como nunca comia e ainda trabalhava duro, o velho ficou muito satisfeito com ela, mas por outro lado, notou que seus estoques de arroz estavam diminuindo. Um dia o homem fingiu sair para o trabalho, mas permaneceu escondido para espionar sua esposa e viu horrorizado seus cabelos levarem o arroz até a boca na nuca dela como tentáculos.

GASHADOKURO



Gashadokuro é um youkai, uma criatura da mitologia japonesa, descritos geralmente como esqueletos gigantes, geralmente quinze vezes maior do que o normal. Gashadokuro parece com um humano, ele agarra e morde seus oponentes a menos que fugiam bem rápido. Gashadokuro é criado a partir dos ossos das pessoas que morreram de fome.


ROKUROKUBI



O Rokurokubi é uma criatura do folclore japonês. Durante o dia eles tem uma aparência humana, mas durante a noite eles ganham a habilidade de esticar o pescoço, alcançando uma grande altura. Eles também podem mudar a face para uma face de oni (ogro) para espantar os mortais mais facilmente. 

Durante o dia, os rokurokubi aproveitam a forma humana para viver sem ser notado pelos humanos. Vários rokurokubi se acostumam a viver na sociedade mortal, criam planos e escondem suas formas demoníacas. Eles são metamorfos por natureza, e geralmente não resistem e espionam a vida dos humanos. Algumas vezes os rokurokubi revelam sua forma verdadeira para os alcoólatras, bobos da corte, pessoas dormindo, ou cegos. Alguns aumentam seus pescoços enquanto dormem como uma ação involuntária.

Em algumas lendas, rokurokubi são pessoas normais que foram transformadas pelo karma ou por quebrarem vários conceitos budistas. Em outros contos os rokurokubi comem pessoas e bebem sangue humano.

Tanuki as vezes imitam rokurokubi quando estão pregando peças nas pessoas.

VELHO DO SACO



O velho do saco ou homem do saco é uma personagem popular utilizada por adultos para amedrontar crianças e forçar-lhes a obedecer a suas ordens e se comportar.

Segundo a lenda, as crianças levadas pelo velho eram aquelas que estavam sem nenhum adulto por perto, em frente às suas casas ou brincando na rua. O velho pegaria a criança caso ela saísse sem ninguém de dentro de casa. 

Em versões alternativas da lenda, em vez de um velho, o elemento que levava as crianças era um cigano e, em versões remotas, esse velho ou o cigano levava as crianças para sua casa e fazia com elas sabonetes e botões. Não há evidências exatas de quando se deu o início das lendas, mas há uma estimativa histórica de que teria sido com a chegada dos ciganos ao Brasil. A migração do povo Cigano para as Américas se deu no fim do Século XIX. Sem Pátria, num mundo onde tudo se transforma com uma velocidade cada vez maior, o povo cigano viveu durante muito tempo marginalizado da sociedade e desenvolveu-se uma aversão da população a esse povo, tachando-os de ladrões, sequestradores e vadios. No início do surgimento da lenda do Velho do Saco, os pais amarravam uma fita vermelha na perna da cama da criança indesejada e o velho do saco passava a noite de casa em casa, se houvesse uma fita vermelha na perna da cama o velho do saco poderia levar embora a criança em questão. Essa história era a versão original da lenda do velho do saco, os pais a usavam para assustar as crianças ou para forçarem as crianças a serem obedientes. 

COMADRE FULOZINHA

Comadre Fulozinha, ou, em algumas regiões, Mãe da Mata, é uma personagem mitológica da zona da mata de Pernambuco e da Paraíba, no nordeste brasileiro. Muitas vezes a lenda é confundida com a da Caipora, ou considera-se que seja uma variação da mesma, e, em alguns lugares, acredita-se que ambas sejam o mesmo ser.

O nome atribuído à criatura pode ser na verdade "Comadre florzinha", mas devido aos habitantes pronunciarem-no com o típico sotaque do nordeste, acabou sendo mais difundido o "fulozinha"

A Comadre também pode assustar quem esteja andando a cavalo na mata e não deixe a oferenda. Ela amarra o rabo e a crina do animal de tal forma que ninguém possa desatar os nós. A ela também são atribuídos "causos" semelhantes contados pelos anciãos das regiões rurais, onde os rabos dos cavalos no estábulo amanhecem amarrados da mesma maneira.

Em algumas regiões do Brasil também é conhecida como uma entidade que protege a floresta[1], daí sua semelhança com a Caipora. Até hoje são comuns relatos de pessoas que presenciam suas aparições nas zonas de floresta.

No culto da Jurema na Paraíba ela é considerada uma entidade divina e tem caráter ambíguo, agindo para o mal e para o bem.

Segundo a lenda, Comadre Fulozinha é o espírito de uma cabocla de longos cabelos negros que lhe cobrem o corpo. Ágil, e que vive na mata defendendo animais e plantas contra as investidas dos destruidores da natureza. Gosta de ser agradada com presentes, principalmente mingau, confeitos, fumo e mel. E quando agradada, logo faz que a caça apareça para quem lhe ofereceu o agrado e também permite que este consiga sair da mata.

Tem personalidade zombeteira, algumas vezes malvada, outras vezes prestimosa. Diz-se que corta violentamente com seu cabelo aqueles que a mata adentram sem levar uma quantidade de fumo como oferenda e também lhes enrola a língua. Furtiva, seu assovio se torna mais baixo quanto mais próxima ela estiver, parecendo estar distante. Ela também gosta de fazer tranças e nós em crina e rabo de cavalo, que ninguém consegue desfazer, somente ela, se for agradada com fumo e mel.

Conta a lenda que a Comadre Fulozinha era uma criança que se perdeu na mata quando ainda era pequena, ela procurou o caminho de volta para sua casa mas não achou e acabou morrendo, e seu espírito passou a vagar pela floresta em busca do caminho de volta para casa.

REDCAP (BARRETE VERMELHO)



O RedCap (também chamado de barrete vermelho) é descrito como um duende malévolo ou um elfo caracterizado pelo seu chapéu vermelho-vivo, sua baixa estatura e seus olhos escarlates, presentes nas mitologias celta e escocesa.

Barretes vermelhos também podem ser chamados de chapéus sangrentos, pelo fato de matarem suas vítimas e depois tingirem o barrete com seu sangue. Um barrete vermelho é um duende pérfido do folclore inglês que assombra as ruínas de castelos onde batalhas sangrentas aconteceram.

Eles não hesitam em matar visitantes que se aproximem demais dos castelos que assombram, caso contrário, seu barrete perde a cor e o duende não tarda a morrer. Mas felizmente há uma coisa que repele os barretes vermelhos: ler a Bíblia ou outra escritura sagrada em voz alta. O barrete dará um grito agudo e alto e desaparecerá, deixando um de seus horríveis dentes.

Seu mito corre nas regiões fronteiriças da Escócia.


FANTASMA DE BOTUJURU



O fantasma de Botujuru é uma lenda sobre o fantasma de um engenheiro assassinado, Henry J. Beeck, que supostamente assombraria parte da linha 7- Rubi da CPTM, mais especificamente o túnel entre as estações de Francisco Morato e Botojuru. A lenda é baseada em diversos em fatos reais, contando, por exemplo, com uma placa in memoriam colocada em uma das entradas do túnel.

A lenda diz quando a ferrovia estava sendo construída, a construção do túnel de Botujuru era chefiada pelo então Engenheiro Chefe Henry J. Beeck, que era inglês e empregado da São Paulo Railway. O sistema de trabalho imposto por Beeck seria particularmente enérgico, com pequenas faltas dos empregados sendo punidas com medidas disciplinares, humilhações e ofensas pessoais. A maneira de Beeck lidar com os trabalhadores levou o engenheiro a ser odiado por todos que trabalhavam em sua equipe. A raiva dos funcionários levou ao sentimento de vingança e a um complô para eliminar o chefe que tanto os atormentava. Finalmente, no dia 23 de abril de 1898 os trabalhadores teriam realizado uma emboscada e, próximo ao túnel, o engenheiro teria sido surpreendido e assassinado a sangue frio. Depois do assassinato, os trabalhadores teriam enterrando o seu corpo na mata. Existem várias versões sobre o paradeiro do corpo do Engenheiro, uma delas diz que o corpo nunca foi encontrado. Outra hipótese é de que o corpo foi encontrado e posteriormente sepultado ao lado do leito da linha férrea, onde hoje existe uma uma lápide com o nome do Engenheiro e na entrada do túnel um local para serem colocadas velas para a alma atormentada do engenheiro. 

A lenda conta ainda que devido ao crime bárbaro, desde de datas antigas, fatos sombrios que ocorrem na região do Túnel de Botujuru. Conta-se que ainda hoje em altas horas da noite pessoas relatam ouvir os ruídos das batidas de uma pá contra a terra, gemidos e o barulho de um corpo caindo em uma cova. Outros relatos dizem que no trecho compreendido pelo túnel de Botujuru, em noites com muita neblina, pode ser visto o vulto de Beeck que flutua sobre o leito da ferrovia, como se estivesse procurando por algo ou inspecionando a ferrovia. O mesmo vulto já foi visto parado na entrada no túnel, como se vigiasse a entrada e as pessoas que adentram o local.

Assim como várias lendas, a lenda do Engenheiro assassinado é baseado em fatos reais. Na entrada do túnel, ao lado da linha férrea, existe uma lápide onde pode-se ler os dizeres em Inglês “In Memorian - Henry J. Beeg - Assassinated April 23, 1898”.

Embora a datada de 1898 seja bem posterior à construção da ferrovia (foi finalizada em 1867) e não corrobore a versão do engenheiro supervisionando a construção, de fato no final do século XIX o Túnel de Botujuru, então conhecido como Túnel Belém, passou por uma duplicação, sendo construído um segundo túnel paralelo ao original. [3] E, assim como na lenda, havia um o engenheiro inglês responsável pela obra chamado Henry J. Beeg e não "Henry Beeck". Outro fato que coincide com a lenda é o assassinato deste engenheiro por um funcionário, possivelmente motivado por atritos trabalhistas. Beeg foi morto em seu escritório, próximo ao túnel, com um tiro no tórax e outro na cabeça na noite de 23 de abril de 1898. O inquérito do crime apontou o italiano Antonio Madaloni, que trabalhava como carpinteiro pro empreitada, como possível autor. Segundo uma notícia veiculada no jornal Estado de São Paulo, a investigação constatou que antes do assassinato Beeg havia demitido Madaloni e cancelado o contrato de empreitada sem qualquer ressarcimento e uma espingarda encontrada próxima a cena do crime foi apontada por pessoas interrogadas como sendo pertencente ao empregado demitido.

Ao contrário do que diz a lenda o corpo do engenheiro foi encontrado e levado a São Paulo.

SPRING HEELED JACK



Spring Heeled Jack (também conhecido como Springheel Jack e Spring-heel Jack, entre outros) é um personagem do folclore inglês que supostamente existiu durante a era Vitoriana, sendo capaz de saltar de alturas extraordinárias. O primeiro testemunho de alguém que teria avistado o personagem data de 1837. Testemunhos posteriores espalharam-se por toda a Inglaterra, de Londres a Sheffield e Liverpool, apesar de prevalecerem especialmente nos subúrbios de Londres e nas Midlands e Escócia.

Muitas teorias foram propostas para definir a natureza e identidade do personagem. A lenda urbana de Spring Heeled Jack ganhou imensa popularidade em sua época devido aos relatos de suas aparições bizarras e capacidade de realizar pulos extraordinários, chegando ao ponto dele se tornar tema de diversas obras de ficção.

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

BUNYIP



Para os aborígenes da Austrália, o bunyip (cujo nome significa demônio na língua nativa) é um animal fantástico do tamanho de um bezerro que vive em lagos e poços do outback, o "interior australiano".

O bunyip alimenta-se de seres humanos, dando preferência a mulheres. Seu grito pode fazer o sangue coagular. Acredita-se também que o bunyip cause doenças.

Do mesmo modo que o mapinguari brasileiro, não se sabe se o bunyip é apenas uma lenda ou um animal ainda não descoberto. Algumas teorias apontam como sendo o Diprotodon, uma espécie de vombate gigante extinta há 50 mil anos, quando os humanos chegaram à Austrália.

REI DOS RATOS



Rei dos ratos é um termo que determina um fenômeno lendário em que um certo número variante de ratos ficam presos uns aos outros pela cauda, colados por sangue, sujeira, gelo, excrementos ou simplesmente enlaçados. Supõe-se que os roedores unidos dessa forma cresçam ao mesmo tempo, experimentando uma calcificação nos ossos da cauda que acaba fundindo os animais para sempre. O número de ratos do fenômeno varia, mas rei dos ratos formados naturalmente por muitos ratos são raros. O fenômeno é particularmente associado a Alemanha, onde um maior número de casos foi relatado.

O mais antigo relato de um rei dos ratos data de 1564.

Pretensas espécimes de reis dos ratos são mantidas em alguns museus. O museu de história natural Mauritianum, em Altemburgo, Turíngia, exibe o maior rei dos ratos mumificado conhecido, com um total de 32 ratos entrelaçados, que foi encontrado em 1828 numa chaminé de um moinho em Buchheim.

Imagens de raio-X de um rei dos ratos descoberto em 1963 pelo fazendeiro P. van Nijnatten em Rucphen, Países Baixos, como publicado pelo criptozoologista M. Schneider, consistindo de sete ratos, exibia formações de calos nas fraturas das caudas, o que indicaria que os animais sobreviveram por um período extenso de tempo com as caudas enroladas.

O fenômeno pode ter escasseado quando o Rato-marrom (Rattus norvegicus) substituiu o Rato-preto (R. rattus) no século XVIII. Os avistamentos tem sido esporádicos na era moderna; o caso mais recente sendo a descoberta numa fazenda na região de Võrumaa, na Estônia em 16 de janeiro de 2005.

SKUNK APE



O Skunk Ape seria uma criatura semelhante a um gorila de existência não provada. É relatado que este animal habita o sudeste dos Estados Unidos da América, principalmente a Flórida. É uma lenda muito semelhante ao do Pé-grande. Seu nome vem da palavra Skunk que em inglês, significa gambá ou doninha fedorenta, e ape, que significa macaco ou gorila (macaco-doninha).

Foram tiradas fotos deste animal, mas a mais famosa foi tirada em 2000 por um fotógrafo não identificado em Sarasota, na Flórida. O anônimo que enviou as fotos escreveu um bilhete. A mulher relatou que um "macaco estranho" havia entrado em seu quintal, mas ela acredita que é um orangotango. O evento ficou conhecido como The Myakka Skunk Ape Photographs.

CABEÇA SATÂNICA



Cabeça Satânica ou Cabeça Errante, é um dos muitos fantasmas do folclore brasileiro. Não se pode indicar com exatidão a época em que esse mito surgiu, sabe-se apenas que é de origem europeia, e certamente tem raízes portuguesas. A versão mais aceita é a de que tenha chegado ao país através dos colonizadores desembarcados em Recife-PE, mas depois foi se espalhado pelas zonas do agreste, sertão e alto sertão, sendo pouco conhecida nas capitais.

Os relatos a seu respeito são variados e assustadores. Alguns a descrevem como sendo a cabeça de uma pessoa de cabelos compridos, a se deslocar rolando ou saltitando pelo chão, mostrando os olhos arregalados e amedrontadores, sempre com um grande sorriso enigmático estampado na face. Outros a apresentam como a cabeça de um cangaceiro de feições rudes e castigadas pelas adversidades, que contempla sorridente a todos os que com ela se deparam. Uma terceira versão a representa como sendo uma cabeça conduzida por outro ser fantasmagórico, que com uma das mãos a segura pelos cabelos, mas a solta assim que se defronta com alguém, para que ela possa perseguir a vítima, que por infelicidade, estava no lugar errado e na hora errada.

Costuma surgir de repente, como se fosse uma pessoa comum, quase sempre de costas para o individuo a quem pretende intimidar. Isso sempre acontece tarde da noite e em lugares onde haja pouca luminosidade, certamente porque a obscuridade aumentará a sensação de pavor. Então aquela pessoa estranha e irreconhecível, se desfaz no chão em poucos segundos, surgindo em seu lugar à assustadora cabeça rolante. Trata-se de uma entidade tão temida pelos habitantes das regiões afastadas, que a simples menção do seu nome já exige o Sinal da Cruz, e costumam evita-lo, mesmo quando a conversa gira em torno de assombrações. Isso porque associam seu nome à encarnação viva do próprio diabo, que costuma sair a noite, para perseguir aqueles que por qualquer motivo, estão perambulando pelas ruas, com ou sem destino.

Dizem que basta um toque dessa entidade maligna, para que a pessoa alcançada adoeça e morra logo em seguida, é considerado sinal de agouro quando ela corre pelas noites a fora, e de repente se detém diante de alguma casa. Nesses casos, tem-se como certo que uma das pessoas que moram ali, acabará morrendo ou contraindo doença grave no prazo de poucos dias. Para que isso não aconteça será necessário que um padre exorcize o local, para depois os moradores nele realizarem uma novena. Essa é, na certeza geral, a única maneira do mal ser afastado definitivamente.

Em algumas regiões essa entidade é também descrita como uma enorme cabeça que surge mostrando seus cabelos e olhos de fogo, sempre gargalhando de forma tenebrosa, espalhando terror e pânico por onde costuma passar. Para proteger-se dos malefícios que essa aparição sempre acarreta, recomenda-se que uma cruz feita da palha do Domingo de Ramos, seja colocada do lado de fora da porta de entrada da casa, como se fosse um amuleto a protegê-la. Mas quando ele não funciona e a sinistra cabeça detém-se diante da casa, fazendo com que seu hálito horrível atravesse as frestas da porta e seja sentido por seus moradores, o recurso é que eles se agarrem a um terço bento e comecem a rezar, mantendo sempre bem fechados todos os ferrolhos de portas e janelas, que possam permitir a entrada da aberração que está do lado de fora.

A EMPAREDADA DA RUA NOVA

A emparedada da Rua Nova é uma obra do escritor brasileiro Carneiro Vilela (1846-1913) e também uma lenda Urbana recifense.

O livro relata o caso de uma jovem burguesa, engravidada pelo namorado e que foi emparedada viva em seu próprio quarto, a mando de seu pai, o abastado comerciante Jaime Favais, para encobrir a vergonha familiar e preservar-lhe a honra. O crime teria sido cometido num sobrado na Rua Nova, onde hoje está localizado um prédio que, segundo o neto do escritor, tem o número 200. A obra foi editada em folhetim no Jornal Pequeno, entre 1909 e 1912, depois transformada em volume.

Os recifenses mais antigos acreditam que o romance foi baseado em um crime real. 

Há relatos de pessoas que passaram ao lado do casarão à noite, onde supostamente a moça foi emparedada. Elas dizem ter ouvido a voz de uma mulher pedindo socorro, barulho de cadeado sendo arrastado pelo chão e pisadas fortes no chão.

KAMAITACHI




Kamaitachi  — é um monstro do folclore japonês. Kama significa foice e Itachi, doninha. Este monstro estaria associado a cortes que as pessoas sofrem quando são atingidas por um golpe de ar frio. Este corte seria supostamente muito fraco a ponto de inicialmente não machucar, porém, invariavelmente, o corte ficaria infeccionado.

O monstro possuiria a forma de uma ou mais doninhas com dentes afiados com mãos em forma de foice (ou, em algumas versões, segurando foices) que cortariam suas vítimas com extrema rapidez. Na versão mais tradicional da lenda, três doninhas seriam responsáveis pelo ataque: a primeira imobiliza a vitima, a segunda faz corte e a terceira é responsável por aplicar as técnicas que impedirão o sangramento externo. Dessa maneira, a vítima não perceberia a gravidade do ferimento, e, eventualmente, viria a falecer.

terça-feira, 1 de novembro de 2016

A DAMA DE CASTANHO DE RAYNHAM HALL

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A Dama de Castanho (ou Dama de Marrom) de Raynham Hall é um fantasma que, segundo alguns relatos, assombra Raynham Hall em Norfolk. Tornou-se uma das assombrações mais conhecidas da Grã-Bretanha quando a sua imagem foi capturada por fotógrafos da revista Country Life  em 1936, e esta que se tornaria uma das fotografias de fantasmas mais famosas da história.  A "Dama de Castanho" recebeu esse nome devido ao vestido de brocado castanho que alguns dizem que usa.

Segundo a lenda, a "Dama de Castanho de Raynham Hall" é o fantasma de Lady Dorothy Walpole (1696-1726), irmã de Robert Walpole, considerado geralmente o primeiro primeiro-ministro da Grã-Bretanha. Era a segunda esposa de Charles Townshend, conhecido pelo seu temperamento violento. A história diz que quando Townshend descobriu que a sua esposa tinha cometido adultério com Lord Wharton, a castigou, trancando-a nos seus aposentos na casa da família, Raynham Hall, onde ela teria ficado presa até morrer de varíola.


CORPO SECO



Corpo-Seco ou Unhudo, é um suposto homem que passou a vida batendo e respondendo a mãe. Quando morreu, virou uma criatura maligna que fica grudada nos troncos da árvore, cada pessoa que passa perto dele, ele da um abraço da morte pois tem unhas compridas e esmaga a pessoa no seu abraço. Há também outra lenda sobre ele, diz que ele era um fazendeiro muito egoísta e mesquinho, que apanhava suas frutas para que todos não pegassem e depois de morto ele fica cuidando de suas frutas e mata quem chega perto de seu pomar.

No interior de São Paulo, há uma variante desta lenda, conta-se que quando uma pessoa passa perto do corpo seco ele pula nela e suga todo seu sangue, se não passar nenhuma pessoa ele vai morrer, porque se alimenta do sangue humano (semelhante a um vampiro).

Há ainda relatos do corpo-seco no estado do Amapá, Paraná, Amazonas, Minas Gerais, no nordeste brasilleiro em alguns países africanos de língua portuguesa.

Em Ituiutaba, Minas Gerais, há uma variação desta lenda, onde conta-se que o corpo-seco - depois de ser repelido pela terra várias vezes - é levado por bombeiros à uma aparente caverna em uma serra que fica ao sul do município. Dizem que quem passa à noite pela estrada de terra que margeia a "serra do corpo-seco", consegue ouvir os gritos do corpo-seco ecoando de dentro da caverna.Á mãe foi amaldiçoada antes de morrer, por ter sido usada como cavalo pelo filho.

Até hoje, há o dito popular: "Quem bate na mãe fica com a mão seca".

MAPINGUARI



O mapinguari (ou mapinguary), também designado isnashi, é uma criatura lendária (críptido) descrito como sendo coberta de um longo pelo vermelho, e vivendo na floresta amazônica do Brasil e Bolívia. Segundo povos nativos da região fronteiriça entre os dois países, quando o mapinguari percebe a presença humana fica de pé e alcança facilmente dois metros de altura. As suas mãos possuiriam longas garras e a criatura evitaria a água, tendo uma pele semelhante à de um jacaré. O mapinguari também possuiria um cheiro horrível, semelhante ao de um gambá. Esse mau cheiro faz com que sua presa fique tonta, o que permite ao bicho apanhá-la com facilidade. A boca do Mapinguari se abre na vertical, e vai do peito até à barriga.

Caçadores do lago do Badajós no estado do Amazonas, afirmaram ter atirado em uma fêmea (porque viram algo como seios, mas que estavam cobertos de pelos) que havia atacado um dos caçadores, porém, mesmo ferida, atraiu a atenção do macho, através de urros altos. Logo apareceu o macho de aproximadamente uns 2,5 m de altura, muito forte e peludo veio em defesa da fêmea e tentou atacar o grupo de caçadores que fugiram em uma canoa. Este ser não entrou na água para persegui-los e foi embora com a sua fêmea ferida. esta história aconteceu em 1967 em Codajás. E quem contou esta história foi o senhor José lima que hoje mora em Manaus, uma testemunha que viu um mapinguari de perto e disse que ele se assemelha em tudo com o pé-grande americano, porém mais peludo.

Os cientistas ainda desconhecem essa criatura. Uma hipótese que explicaria a existência do Mapinguari, sugerida pelo paleontólogo argentino Florentino Ameghino no fim do século XIX, seria o fato da sobrevivência de algumas preguiças gigantes (Pleistoceno, 12 mil anos atrás) no interior da floresta amazônica.

Entre muitos, o ornitólogo David Oren chegou a empreender expedições em busca de provas da existência real da criatura. Não obteve nenhum resultado conclusivo. Pelos recolhidos mostraram ser de uma cutia, amostras de fezes de um tamanduá e moldes de pegadas não serviriam muito, já que, como declarou, “podem ser facilmente forjadas”. O mapinguari seria semelhante ao pé-grande.

A CARRUAGEM DE ANNE JANSEN


A lenda da carruagem de Ana Jansen trata de uma mulher muito rica que se instalou com a família em São Luís do Maranhão e, que, por maltratar seus escravos, teria sido condenada a vagar perpetuamente pelas ruas da cidade numa carruagem assombrada.

Ana Jansen, uma mulher de grande poder econômico e de forte influência social, temida pela cidade, tornou-se lenda em São Luís. Nascida pobre em 1797, na provinciana capital maranhense, casou-se e enviuvou-se duas vezes, acumulando imensa fortuna. Morreu rica no ano de 1869. Dona de muitos imóveis, Ana Joaquina Jansen Pereira, Donana Jansen, como era chamada, era tida como perversa com seus escravos, submetendo-os aos mais bárbaros castigos, torturando-os até a morte.

Por seu mau comportamento em vida, Ana Jansen teve um castigo em morte: foi condenada a vagar eternamente pelas ruas da cidade. Em noite de sexta-feira e de lua cheia, o fantasma de Jansen passeia com sua carruagem pelas ladeiras estreitas da Praia Grande, onde morava. O coche puxado por mulas sem cabeça que jorram línguas de fogo e conduzida por um negro igualmente decapitado atravessa o centro histórico da cidade.

Quem se  encontrar com o fantasma da Ana Jansen é obrigado a rezar uma oração pela alma da senhora e recebe dela uma vela acesa, que ao raiar do dia se transformará em osso humano descarnado. 

DEMÔNIO DE JERSEY



O Demônio de Jersey é uma criatura que habita a floresta de Pine Barrens, ao sul de Nova Jersey, EUA. A criatura é descrita como um bípede voador com patas, mas existem muitas variações. O Demônio de Jersey se transformou em uma cultura pop na área, tanto que, em homenagem, deram esse nome a um time de hóquei da NHL (New Jersey Devils).

Existem várias lendas sobre sua origem. As primeiras datam ao folclore dos índios nativos. As tribos chamavam a área ao redor de Pine Barrens de "Popuessing", que significa "lugar do dragão". Exploradores suecos depois chamaram a região de "Drake Kill", "drake" sendo a palavra sueca para dragão, e "kill" significando canal ou braço do mar (rio, riacho, etc.).

Mas a versão mais conhecida da lenda conta a história da senhora, Leeds. Ela tinha 12 filhos, e quando descobriu que estava grávida mais uma vez, amaldiçoou o filho que viria, dizendo que este seria o próprio diabo.

CASA FAMÍLIA LEEDS


O parto aconteceu em uma noite de 1735. Sempre segundo a lenda, a criança teria nascido saudável e de aparência normal, mas logo começou a se transformar. No lugar de seus pés, se formaram cascos como o de cavalos. Sua cabeça se tornou uma cabeça de cavalo. Ele desenvolveu asas  e uma cauda fendida.

O bebê , então, matou a própria mãe e fugiu. Deu algumas voltas sobrevoando a pequena vila e por fim voou em direção à floresta de Pine Barrens.

Ficou sem ser visto até a virada do século XX, quando várias pessoas nas redondezas de Nova Jersey afirmaram terem visto a estranha criatura.

FOTO DO QUE SUPOSTAMENTE SERIA O DEMÔNIO DE JERSEY

Com relação a senhora Leeds,  historiadores afirmam se tratar de Deborah Leeds, com base em um testamento deixado em 1736, citando doze filhos. O décimo terceiro filho, se existiu, nunca chegou a ser registrado.

OUTRA SUPOSTA FOTO DO DEMÔNIO DE JERSEY

Muitas pessoas acreditam que a criatura seja a responsável pelo desaparecimento de pessoas próximo à floresta de Pine Barrens.